Resultado da Pesquisa do CONFEA sobre o CAU

Apesar do posicionamento contrário do Colégio Brasileiro de Arquitetos (CBA), o Sistema CONFEA/CREA contratou pesquisa para realizar senso entre os arquitetos a respeito da criação, no Brasil, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o CAU.

Agora, enquanto o CONFEA aguarda apresentação para conhecer a metodologia aplicada na pesquisa, o CBA recebeu a informação em caráter preliminar sobre o resultado da referida pesquisa. Como já se sabia, a grande maioria dos arquitetos brasileiros (2/3) anseia por um conselho próprio.
A seguir transcrevemos trecho da pesquisa, resultado das 2006 entrevistas realizadas de 08 a 26 de janeiro de 2008, denominado “SUMÁRIO CONCLUSIVO”.

Trecho da pesquisa do CONFEA

“Perfil dos arquitetos e urbanistas entrevistados

Os entrevistados são formados em arquitetura e urbanismo, sendo que mais da metade tem pós- pósgraduação.

Quase todos exercem a profissão atualmente, sendo a maioria em 1 posto de trabalho: 30,4% são free-lance, 22,5% empregados, 21,9% empresários, 18% profissionais liberais, 4% professores e menos de 3% são funcionários públicos. A maior parte desses profissionais atua na área de construção civil, mas percentuais significativos atuam nas áreas de projetos de urbanismo ou arquitetura de interiores e, em sua maioria, atuam em seus estados de moradia.

As idades são bastante variadas, sendo a média 39 anos. Sua renda como arquiteto/urbanista também é variada, com concentração entre 5 e 10SM média de R$ 3.767,02.

Proposta de criação de conselho próprio de Arquitetura e Urbanismo é bem conhecida entre os profissionais da área e apresenta boa aceitação entre a classe.

Dentre os pesquisados, . disseram conhecer o projeto de lei que propõe a criação de um conselho próprio de Arquitetura e Urbanismo, enquanto apenas . disseram que não. O conhecimento do projeto é maior nas regiões Norte e Sul do país. Dentre os que conhecem a proposta, 74,1% acredita que o suposto conselho teria condições de exercer o papel de fiscalização.

2/3 dos entrevistados acreditam que essa separação do CONFEA seria positiva, enquanto 23,2% a considera negativa e 10% não souberam responder ou não responderam. Esses índices apresentam variação muito pequena em relação às regiões.

Resultado da pesquisa indica que os arquitetos e urbanistas são favoráveis à criação de um conselho exclusivo à classe.

Como pôde ser visto na pesquisa, os arquitetos e urbanistas fazem uma avaliação mediana do trabalho desenvolvido pelos CREAs, e, apesar de saberem o que é o CONFEA e que seu papel é de congregar congregar, regulamentar e fiscalizar as ações dos CREAs, muitos desconhecem sua atuação, 22,5% não sabem dizer se a atuação do conselho é eficaz ou ineficaz, e 66% desconhecem seu site, nunca tendo o acessado.

Há profissionais que afirmam que o órgão é eficaz e elogiam o cumprimento de suas funções (inclusive de fiscalização), enquanto, por outro lado, há os que afirmam que o conselho é ineficaz e reclamam exatamente da falta de fiscalização. Vale ressaltar que os que afirmam que o conselho é ineficaz são em maior número que os que afirmam que ele é eficaz. Há também os que afirmam que os CREAs atuam em prol somente dos engenheiros, dando pouca atenção aos arquitetos e urbanistas. Isso justifica a grande aceitação (2/3 dos entrevistados) à criação de um novo conselho, exclusivo aos profissionais de Arquitetura e Urbanismo. Urbanismo.”

“Matéria veiculada no boletim eletrônico do IAB-DN”

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