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X BIENAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO – “CIDADE: MODOS DE FAZER, MODOS DE USAR”

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Evento ocupará diversos espaços culturais na cidade com o tema que chama a atenção para o debate sobre a mobilidade urbana

A Bienal de Arquitetura de São Paulo, responsabilidade há 40 anos do IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil chega à sua décima edição sob o tema Cidade: modos de fazer, modos de usar e, desta vez, se instala em locais francamente urbanos, espalhados em rede pela cidade. Refletindo sobre a cidade contemporânea, a Bienal incorpora a questão urbana na sua própria estrutura espacial. Assim, ao mesmo tempo em que visita a exposição em diversos espaços culturais, o público tem a experiência viva da cidade de São Paulo.

A escolha dos locais que compõem a rede seguiu dois critérios básicos: a qualidade dos espaços, na relação entre arquitetura e uso, e a sua acessibilidade por meio da articulação ao sistema de transporte de massas da cidade. Assim, será possível visitar toda a exposição a partir um sistema multimodal que tem o metrô como espinha dorsal.

A REDE
A rede principal de espaços expositivos é composta pelos seguintes pontos: Centro Cultural São Paulo, SESC Pompeia, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Casa Brasileira, Centro Universitário Maria Antônia (CEUMA), Praça Victor Civita, Associação Parque Minhocão e Estação Metrô Paraíso (Projeto Encontros).

A rede expandida inclui Casa de Francisca, Casa do Povo, Cemitério do Araçá, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Teatro Oficina, Galeria Choque Cultural, Instituto P.M. e Lina Bardi e Teatro Oficina.

PROGRAMAÇÃO

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – MODOS DE AGIR
O Centro Cultural São Paulo é a base principal da Rede Bienal, abrigando o conjunto mais expressivo das exposições, especialmente produzidas para o evento.

Brasil: o espetáculo do crescimento
Realizada a partir de uma viagem exploratória de pesquisa às regiões que mais cresceram economicamente nos últimos dez anos, localizadas no norte e nordeste do país. Crescimento que foi alavancado por atividades econômicas locais (basicamente mineração e agronegócio), e por grandes obras infraestruturais do governo (Transposição do Rio São Francisco, Usina hidroelétrica de Belo Monte, Mina de Carajás, Ferrovia Transnordestina, Porto de Suape, Programa Minha Casa Minha Vida). As cidades visitadas são: Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe, Cabo de Santo Agostinho, Marabá, Parauapebas e Altamira. Fotos de Iwan Baan e Tuca Vieira. Vídeos de Miguel Ramos.

Carrópolis
Trata das transformações sofridas pelas cidades – em especial São Paulo – a partir do momento em que o carro se tornou o seu protagonista. Se no início o automóvel surge como promessa de felicidade, moldando o novo imaginário urbano a partir das experiências de Los Angeles e Las Vegas, ele vai se tornando em seguida o grande vilão, criando cicatrizes viárias em meio ao tecido histórico das cidades, e puxando o seu crescimento horizontal em direção aos subúrbios. Hoje, a consciência sobre o direito à mobilidade como garantia de cidadania pede a revisão urgente do modelo rodoviarista de crescimento urbano, francamente adotado pelas cidades brasileiras. Fotos de Cássio Vasconcellos, Álvaro Domingues, Robert Venturi e Denise Scott Brown. Vídeos de Miguel Ramos e Matthieu Rougé.

Detroit: ponto morto?
Retrata o declínio da cidade norte-americana de Detroit, como símbolo do colapso do mundo industrial e fordista. Com a ruína da cidade, que foi sede da indústria automobilística mundial, proliferam atividades colaborativas ligadas à agricultura de subsistência. Fotos de Andrew Moore e Michael Rozenbojrn. Vídeos de Julio Ramos. Trilha sonora com sucessos da Motown.

China: o mundo renderizado
País que mais cresce dos pontos de vista econômico e urbano no mundo, a China apresenta fenômenos intrigantes no cenário atual. De um lado, cidades como Shenzhen, cujos parques temáticos clonam as imagens de outros lugares do mundo, e de outro Ordos Kangbashi, cidade construída para 1 milhão de habitantes, e ainda praticamente vazia. Se Detroit é a “cidade fantasma” do passado, Ordos é o seu equivalente no futuro.

O Rio do futuro de Sérgio Bernardes
Recupera o legado visionário do arquiteto carioca, com um projeto urbano abrangente para o Rio de Janeiro, publicado na revista Manchete em 1965. A exposição apresenta esse rico material iconográfico, comparando-o com o Rio de Janeiro de hoje e de amanhã, apresentado na exposição RioNow.

RioNow
Aborda as transformações urbanas vividas pelo Rio de Janeiro no contexto das obras realizadas para os grandes eventos. Como já ocorreu em cidades como Barcelona e Berlim, todo este processo tem mobilizado arquitetos e investidores de várias gerações e latitudes, que apostam em diferentes modelos de parcerias com empresas, instituições e corporações nacionais e transnacionais de poder econômico e político para viabilizar novos projetos e negócios. Mas que alternativas têm sido apresentadas para o modelo altamente predatório que domina as grandes cidades hoje? Em que medida os projetos e intervenções em curso conduzirão efetivamente à redução das desigualdades sociais que são tão profundas na cidade? Que cidade resultará deste processo e quem serão seus beneficiários?
Espaço público e ativismo
Na onda recente de protestos que tomou as ruas de várias cidades do mundo, a exposição traz diferentes registros que incluem o movimento “Occupy Wall Street”, de Nova York, e as manifestações recentes no Brasil, desencadeadas pelo Movimento Passe Livre. O objetivo é discutir possibilidades concretas para a construção de novas práticas sociais, alinhadas com novas formas de ação política, que encontram no espaço público sua esfera primordial de ação.

Segurança como direito à cidade
Exposição que aborda a questão da segurança pelo seu aspecto afirmativo, isto é, pelo uso intenso dos equipamentos e espaços públicos da cidade, por oposição às ideias de proteção, vigilância, encarceramento e exclusão. Serão mostrados exemplos de projetos e obras em Medellín (Colômbia), Cidade do Cabo (África do Sul), Nova Délhi (Índia) e Rio de Janeiro (Brasil).

Robin Hood Gardens
Vídeo contendo entrevistas com o casal Alison e Peter Smithsons, bem como imagens da construção do conjunto residencial Robin Hood Gardens, nos arredores de Londres. O conjunto hoje está em processo de demolição.

Lacaton & Vassal
Exposição do projeto de reforma da Torre Bois-le-Prêtre nos arredores de Paris.

Mathieu Pernot
Trabalho fotográfico contendo imagens de cartões-postais dos conjuntos residenciais modernos na periferia de Paris, bem como fotos de suas demolições.

MASP – MODOS DE ATRAVESSAR
O asfalto e a areia
Relaciona a produção de importantes artistas e arquitetos brasileiros na virada dos anos 1960 para os 70, em torno da promulgação do AI-5. São eles: Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha, Lina Bo Bardi, Hélio Oiticica e Cildo Meireles. O tema são os constantes atravessamentos entre as esferas pública e privada no Brasil, na forma de casas que são pensadas como espaços urbanos (públicos), e instalações artísticas ambientais em espaço público concebidas para serem usadas de modo subjetivo e doméstico. Os elementos do asfalto e da praia, presentes nos diversos trabalhos apresentados, encarnam a imagem metafórica dos dois principais espaços públicos no Brasil: a rua e a praia.

MUSEU DA CASA BRASILEIRA – MODOS DE HABITAR
Programa Federal Minha Casa, Minha Vida
Conjunto de projetos e pesquisas recentes, desenvolvidas por arquitetos, que discutem o “Programa Minha Casa, Minha Vida”, propondo alternativas para a implantação do programa em terrenos marcadamente urbanos. Propostas de João Filgueiras Lima, Lelé, Luiz Carlos Toledo, Jorge Mario Jáuregui e Hector Vigliecca e alunos de pós-graduação da escola de arquitetura da ETH- Zurique.

Projeto Estadual Casa Paulista
Mostra dos projetos urbanísticos feitos pela Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo no centro expandido da cidade. Seguindo novos parâmetros de projetos habitacionais, o projeto complexifica as discussões acerca da apropriação das partes centrais da cidade.

Casa Bola
Exposição audiovisual sobre a Casa Bola, de Eduardo Longo, construída na década de 70, no Jardim Europa. Com diâmetro de 4 metros, a casa foi construída de ferrocimento como o protótipo para uma produção em série. Moradia do próprio arquiteto é um contínuo campo de experimentação até hoje, encarnando uma radicalidade pouco comum na arquitetura brasileira.

Casa Moriyama
Construída em um lote de esquina na cidade de Tóquio, essa casa projetada por Ryue Nishizawa em 2005 explode a volumetria segundo os diversos programas domésticos. Quartos, banheiros, cozinha, ambientes de estar e de serviços se separam em diversos cubos brancos, com alturas distintas, separados por áreas intersticiais semipúblicas, contínuas à calçada da cidade. É uma casa penetrada pela cidade.

Comunidade Emanuel Guarani Kaiowá
Exposição da luta política pelo direito à terra e à moradia de cerca de 140 famílias de etnia Guarani Kaiowá, mas com religiosidade evangélica, que ocupa desde o início de 2013 um terreno abandonado em Contagem (MG).

CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTÔNIA – MODOS DE SER MODERNO
Núcleo expositivo que propõe um balanço e revisão do legado moderno no Brasil.

Arquivo Brasília
Seleção do rico material fotográfico da construção de Brasília levantado pelos artistas Michael Wesely e Lina Kim. Trata-se do maior e mais importante trabalho de pesquisa e recuperação de imagens de Brasília, exposto pela primeira vez em São Paulo. A mostra é acompanhada de fotos recentes da cidade feitas por Wesely em processo de longa exposição (12 horas).

ASSOCIAÇÃO PARQUE MINHOCÃO
Propostas ligadas a vias elevadas nas grandes cidades, focando nos casos do Minhocão, em São Paulo, e do High Line, em Nova York.
High Line
Registro da história do High Line em Nova York, baseado no livro feito por Joshua David e Robert Hammond, criadores da associação “Friends of the High Line”. Com projeto de Diller Scofidio + Renfro em parceria com o Field Operations, vencedores de concurso organizado pela associação, o parque foi construído sobre uma via férrea elevada que estava abandonada. Significativamente, o apartamento que receberá a exposição está localizado em frente ao Minhocão, e na mesma altura do elevado (2o andar). Portanto, a visita à exposição trará atrativos distintos durante a semana, quando a pista é tomada por carros, e durante os domingos, quando o elevado se torna um parque a céu aberto.

SESC POMPEIA – MODOS DE COLABORAR
A exposição reúne uma rede internacional de coletivos de arquitetos, urbanistas e artistas incluindo oficinas, palestras e residências criativas, que pensam e propõem alternativas às questões enfrentadas na cidade real.

Duas residências, Cidade Tiradentes e Teatro Oficina, acontecem em setembro e têm seus resultados apresentados no Sesc Pompeia, junto à realização de oficinas e debates. Os coletivos que participam são: Desis Lab/Parsons (NY) e live.work (SP); Al Borde (Quito); NACCO (SP) e Centro de Memória Cidade Tiradentes; Vazio S.A. (BH) e Supersudaca (América Latina); Universidade KULeuven e Uzina Uzona; NLÉ (Lagos/AMS); Como Virar a Sua Cidade e EME3 (SP); Partizaning (Moscou); CRIT (Mumbai) e projetos Entre na Bienal (RJ); Cambuci – Escadaria Interativa; Bicicletas Ambiente; Tiquatira em construção; e Projeto Coruja.

PRAÇA VICTOR CIVITA – PAISAGENS DE ÁGUA E INFRAESTRUTURA
Na Praça Victor Civita será exposto o núcleo da Bienal dedicado aos projetos de infraestrutura urbana que tratam da questão das águas. A relação de uma cidade com os seus recursos hídricos é sempre central para o seu planejamento, seja pela proximidade com o mar, por ser cruzada por rios e outros cursos d’água, ou mesmo no que concerne as mais básicas questões de abastecimento. Na mostra serão apresentadas praças, parques e até cidades inteiras que trazem nos seus desenhos um indissociável liame entre desenho urbano e planejamento de infraestruturas.

Cidades no deserto – Israel
Israel tem sessenta por cento de sua área coberta por um deserto, o Negev. A ocupação desta parte árida é um ponto importante na história do jovem país, sobretudo para equilibrar a alta densidade populacional da sua parte não desertificada, o norte do país, entre Tel Aviv e Jerusalém.
A exposição procurará mostrar o processo de fundação de cidades em meio ao deserto. Utilizando-se do acervo fotográfico da Ong israelense KKL, uma série de painéis contará a história de diferentes cidades construídas ou em projeto dentro do Negev. O abastecimento de água a regiões longínquas, as redes agrícolas e florestamento feitas para preparar a chegada de colonos e o desenho dos assentamentos cercados por parques urbanos são aspectos que revela o elo entre planejamento territorial e modos de se fazer a vida cotidiana viável em meio a um ambiente hostil.

Hidroanel metropolitano de São Paulo
A cidade de São Paulo possui uma vasta rede de rios e córregos. Os moradores da cidade, no entanto, tem pouco contato com os rios, limitando-se geralmente a costeá-los por vias de alta velocidade.

O Grupo Metrópole Fluvial, da Universidade de São Paulo, propôs um modo de se redesenhar por completo a cidade através da sua densa rede hídrica. Projetando obras de canalização, eclusas e barragens, o grupo propõe um anel hidroviário circundando São Paulo, utilizando-se dos leitos de seus mais importantes rios: o Tietê, Pinheiros e Tamanduateí.
O projeto chega à minúcias, desenhando novos espaços públicos flutuantes, conjuntos habitacionais ribeirinhos e novas praias fluviais distribuídas ao longo da região metropolitana de São Paulo.

Projeto Urbano Córrego do Antonico
Paraisópolis é uma das maiores favelas de São Paulo. No meio do seu tecido urbano, denso e irregular, passa o Córrego do Antonico.

O projeto do MMBB se apropria do traçado deste córrego para criar uma nova rede de espaços públicos dentro da comunidade. Fazendo uma reorganização dos lotes, os arquitetos conseguiram livrar o leito e a órla da linha de água, criano uma via de pedestres. Espera-se que as casas e comércios passem a se abrir para esta nova rua, permitindo um novo tipo de vida urbana a aparecer no coração de Paraisópolis, em hamonia com o seu córrego.

O córrego permanecerá aflorado ao longo de todas as estações do ano, em um sistema de hidráulica que o deixará raso como um espelho d’água. Deste modo, não serão necessários guarda-corpos ou precauções maiores, tornando o Antonico parte do imaginário dos moradores da comunidade e de sua vida cotidiana.

Parque Cantinho do Céu
O bairro do Cantinho do Céu possui habitações debruçadas nas cabeceiras da represa Billings, um dos mananciais de São Paulo. Essa situação não é exclusiva desta comunidade: diversos sub-braços da represa são ocupados por habitações irregulares, que marcam a paisagem geral nas orlas do reservatório.

O Parque Cantinho do Céu, desenhado pelo arquiteto Marcos Boldarini, cria um parque na beira das águas, um espaço público entre o bairro habitacional e a represa. Com ciclovias, equipamentos de ginástica, trilhas, um pequeno pier e cinema, cria-se uma proposta primeira de reocupação das áreas costeiras da Billings por programas sociais.
Parque Dom Pedro II
O Parque Dom Pedro é um espaço público histórico de São Paulo, na várzea do Rio Tamanduateí. Fotos de época mostram como, no princípio do século XX, o parque era uma importante parte da cidade, com suas trilhas, gramados e relação com o rio.
Entretanto, hoje o Parque Dom Pedro é um arremedo de projetos viários, com dois viadutos, um terminal de ônibus e outro de BRT, além de prédios institucionais de acesso restrito. O rio, hoje retificado, passa distante dos poucos visitantes que se aventuram pelo parque.

O projeto feito pelos arquitetos Una, H+F e FUPAM, procurou, com operações de desenho urbano em várias escalas, devolver ao Dom Pedro sua força e importância originais. Uma grande reengenharia de tráfego permite a demolição dos viadutos e reorganização dos sistemas de transporte público. Novos programas, como escolas técnicas e faculdades, são integradas ao parque. Para resolver as enchentes típicas de áreas de várzea, tanques de captação de água – wetlands – são previstas, criando um parque de lagunas com vegetação aquática.

A intervenção não se limita ao perímetro do Dom Pedro. Os bairros vizinhos recebem, cada um, atenção especial para receber o novo traçado viário, com um planejamento urbano sob medida para se transformar tanto quanto o novo parque.

Watersquares
O escritório holandês De Urbanisten criou um protótipo de implantação de praças de águas em qualquer espaço público. Na verdade, não se trata de balneários ou espelhos d’água, mas de reservatórios para águas de chuva feitos através de rebaixos nos terrenos. Durante a época de estio, os degraus se tornam espaços de skatistas, palestras e atividades físicas. No período de chuvas, as águas preenchem os vazios e torna a praça uma sucessão de piscinas. Dependendo da força das chuvas, as águas formam pequenos lavapés, ou até mesmo grandes tanques.

A água, claro, não cai simplesmente nos tanques. Um sofisticado sistema de captação– presente em toda a praça – é responsável por filtrar a água das chuvas e depois lançá-las nos reservatórios. Esta estratégia permite trabalhar as estações de estio e de tempestades como um fato arquitetônico, qualificando o espaço público através da infraestrutura.

Masterplan de San Berillo
O Masterplan de San Berillo é uma iniciativa desenhada pelo escritório Mario Cucinella Architettura para restaurar uma área degradada na cidade da Catania. O plano envolve restaurar uma área urbana em deterioração nos últimos cinquenta anos integrando-o com a orla marítima existente, criando uma via pública com jardins suspensos. Esta via funciona como um boulevard para pedestres, com alguns edifícios comerciais, cinemas, auditórios e museus. Na parte mais distante do mar – mas sem perder a vista – estão previstas novas habitações no bairro histórico, bem como um hotel.

PROJETO ENCONTROS – ESTAÇÃO PARAÍSO DO METRÔ
Neste espaço, será exibido o Projeto “Safari Urbano” do São Paulo Lab/Rede Studio-X Columbia University (New York), que apresenta um mapeamento da fauna e flora de regiões pelas quais passam redes metroviárias. Serão apresentados mapeamentos de NY (onde nasceu o projeto), Pequim e São Paulo. Para a cidade de São Paulo, é apresentado o percurso da Linha 1 – Azul como eixo de apresentação desse panorama fauna/flora proposto pelo projeto. Além do conteúdo, em si, os painéis apresentam a Rede Studio-X e os responsáveis por todo o projeto.

Também terá uma exposição interativa de fotos que refletem modos inovadores e provocadores de usar a cidade, que foram compartilhadas pelo público no Instagram usando as hashtags #modosdeusaracidade e #projetoencontros.

As fotos postadas até 27 de setembro serão selecionadas pelas equipes da Bienal e do Projeto Encontros e expostas na estação Paraíso durante a X Bienal de Arquitetura. Serão aceitas fotos de qualquer cidade.
CHAMADA ABERTA
Reforçando a intenção de participação ativa dos cidadãos na construção dos debates que a compõe, a Bienal propôs uma chamada aberta de trabalhos, práticas e propostas, cujos trabalhos selecionados serão expostos nos espaços da Bienal, além de atividades externas como percursos, performances e happenings. Com base nos temas da X Bienal de Arquitetura de São Paulo foram selecionados trabalhos, práticas e propostas dotados de dimensão urbana e pública, ainda que não necessariamente em grande escala e/ou em espaço público. Interessaram, por exemplo, práticas e propostas (arquitetônicas, urbanísticas, artísticas, políticas) que subvertam ordens prévias, lidem com situações de conflito e revejam criticamente os usos da cidade. Não houve limitações disciplinares ou programáticas para as propostas selecionadas.

SEMINÁRIOS • PALESTRAS • OFICINAS

PALESTRA: JEAN –LOUIS COHEN
Data: 19/out das 15h às 17h
Local: Centro Cultural São Paulo

O historiador francês falará sobre a cultura dos carros que marca a cidade do século XX, tomando como exemplo um dos casos mais emblemáticos deste fenômeno: Los Angeles.
A cidade é um ícone do espraiamento urbano, com seus bairros de prédios baixos e suas vias de alta velocidade.
Jean Louis-Cohen falará como a própria forma de Los Angeles é resultado de uma relação estreita entre gestão urbana e as montadoras, para produzir uma utopia sobre quatro rodas.

OFICINA: NÓS, BRASIL! WE, BRAZIL!
Ministrada por Renato Cymbalista e Matthias Böttger
Data: 19 e 20/out
Local: Casa do Povo

Projeto “Nós, Brasil! We, Brazil!”, ação integrante do projeto internacional “Weltstadt/Stadtwelten” (em português “Cidades do Mundo/Mundos na cidade”), tem com o objetivo aprofundar o entendimento da realidade das cidades brasileiras contemporâneas, bem como os desafios que as mesmas enfrentam. Mais especificamente, tem a intenção de explorar como novos grupos e organizações tomam iniciativas em um contexto onde o planejamento urbano, uma vez uma prática centralizada, se torna uma questão cada vez mais diversificada, sendo complementada, infiltrada, ou mesmo parcialmente substituída por novos atores e processos.
Antes de ser realizado em São Paulo, como parte da X Bienal, o projeto compreendeu três workshops em três diferentes cidades do Brasil: Curitiba, Porto Alegre e Salvador. Indo ao encontro do tema da X Bienal Cidades: Modos de Fazer, Modos de Usar, os resultados dessas três oficinas estarão em exposição no CCSP e uma quarta oficina, a ser realizada na Casa do Povo, irá refletir sobre os resultados das outras cidades e levantar também as questões pertinentes para a capital paulistana.
No decorrer da Bienal, mais palestras e workshops acontecerão na Mesa-Y. Matthias Böttger vai convidar outros participantes para refletir sobre as constatações feitas nas cidades brasileiras acima mencionadas, dando especial ênfase sobre o papel da chamada “nova classe média”

ENCONTRO INTERNACIONAL: CIDADE: MODOS DE FAZER, MODOS DE USAR
Local: SESC Pompéia
Data: 06 a 09/ nov
Programação (participantes a serem confirmados):

06 nov
19h00 Palestra
Chip Lord (EUA)
20h00 Diálogo
Chip Lord, Lisette Lagnado
e Guilherme Wisnik

07 nov
19h00 Diálogo usos e desusos da cidade
Kyong Park (EUA), Anne Lacaton (França)
E Hubert Klumpner
Mediadora Ana Luiza Nobre

08 nov
19h00 Diálogo cidade como máquina do crescimento
John Logan (EUA), Mariana Fix (SP) Tania Bacelar (Recife)
Mediador Guilherme Wisnik

09 nov
11h Diálogo modos colaborativos (espaço expositivo)
Coletivos Supersudaca (America Latina), CRIT (India) e Partizaning (Russia)
Mediadora Ligia Nobre
16h Palestra
Doreen Massey
Mediadora Ligia Nobre
MOSTRA DE CINEMA
Haverá também uma Mostra de Cinema em que arte da programação estará atrelada à Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e ocorrerá no Vão Livre do Masp.

Serviço:
REDE BIENAL
Cada um dos espaços que compõem a Rede Bienal terá datas específicas de abertura e fechamento de suas exposições. O acesso ao público será possível respeitando a política de cada instituição parceira conforme descrito abaixo:

Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso (Estação Paraíso do Metrô). Acesso gratuito aos espaços expositivos. Horários de funcionamento: ÁREAS LIVRES: de segunda a domingo: das 9h às 22h (com exceção do Espaço Flávio Império – Foyer, que não abre às segundas-feiras); JARDINS: de terça a domingo, das 9h às 18h.
Período da X Bienal de Arquitetura: 12 de outubro a 1º de dezembro.

Museu de Arte Assis Chateaubriand – MASP: Av. Paulista, 1578 (Estação Trianon –MASP do Metrô). Ingresso integral R$15,00, com direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita.
Estudantes, professores e aposentados com comprovantes pagam R$7,00 (meia-entrada).
Menores de 10 anos e maiores de 60 anos de idade não pagam ingresso. Terças-feiras: entrada gratuita para o público em geral. Horário de funcionamento: segunda-feira: fechado
De terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)
Quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30). Período X Bienal de Arquitetura: 13 de outubro a 24 de novembro (possibilidade de postergação da data de término, a ser confirmada pela instituição).

Centro Universitário Maria Antonia- USP: Rua Maria Antonia, 258 e 294 – Vila Buarque (Estação República do Metrô). Acesso gratuito aos espaços expositivos. Horários de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 21h, sábados, domingos e feriados das 10h às 20h. Período da X Bienal de Arquitetura: 14 de outubro a 1º de dezembro.

Museu da Casa Brasileira: Av. Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano (Estação Pinheiros de Metrô + ciclovia). Ingressos: R$ 4,00; Estudantes: R$ 2,00. Domingos e feriados: gratuito. Horários de funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h. Período X Bienal de Arquitetura: 12 de outubro a 10 de novembro.

SESC Pompéia: Rua Clélia, 93 – Pompéia (Estação Água Branca da CPTM). Acesso gratuito. Horários de funcionamento: terça a sábado, das 9h às 20h; domingos e feriados, das 9h às 20h. Período X Bienal de Arquitetura: 15 de outubro a 1º de dezembro.

Praça Victor Civita: Rua Sumidouro, 580 – Pinheiros (Estação Pinheiros de Metrô). Acesso gratuito. Abre diariamente das 6h30 às 19h. Período X Bienal de Arquitetura: 12 de outubro a 1º de dezembro.

Projeto Encontros/ Estação Paraíso do Metrô (localizado na plataforma da Linha 1 – Azul, sentido Tucuruvi): Rua Vergueiro, 1456. Acesso ao local da exposição para o público circulante do metro. Bilhete unitário: R$ 3,00. Horário de funcionamento: domingo a sexta, das 4h40 às 00h22; sábado, das 4h40 às 1h00. Período X Bienal de Arquitetura: 12 de outubro a 1º de dezembro.

Associação Parque Minhocão: Rua Julio Marcondes Salgado, 65 apto. 23 (Estação Santa Cecília de Metrô). Acesso gratuito. Horário de atendimento: visitas programadas (informação detalhada no site www.Xbienaldearquitetura.org.br). Período X Bienal de Arquitetura: 13 de outubro a 1º de dezembro.

REDE EXPANDIDA
Casa de Francisca (Metrô Brigadeiro): Rua José Maria Lisboa, 190
De 16 de outubro a 27 de novembro, sempre as quartas 21h30.
Serão 40 lugares vendidos a cada noite, R$53 e reservas somente através do site www.casadefrancisca.art.br.

Casa de Vidro: Rua General Almério de Moura, 200 – Morumbi. Horário de funcionamento e programação detalhada pelo site www.institutobardi.com.br.
Exposição “Anhangabaú: jardim tropical” de 12 de outubro a 24 de novembro
Apresentação do Projeto de Lina Bo Bardi e equipe para o Concurso do Anhangabaú, promovido em 1981 pela EMURB, que apresentava a radicalidade do uso do vale pelos pedestres em meio a um imenso parque, por ela denominado de “Jardim Tropical”.
Haverá também o colóquio “Lina Bo Bardi em seu tempo” que será realizado em 19 de outubro.

Casa do Povo: Rua Três Rios, 252 – Bom Retiro (Metrô Luz e Tiradentes)
Horários de abertura: Terça-Domingo, das 11-6pm
Workshop para convidados ministrado por Renato Cymbalista e Matthias Böttger
Dias 19 e 20 de Outubro

O projeto “Nós, Brasil! We, Brazil!”, ação integrante do projeto internacional “Weltstadt/Stadtwelten” (em português “Cidades do Mundo/Mundos na cidade”), tem com o objetivo aprofundar o entendimento da realidade das cidades brasileiras contemporâneas, bem como os desafios que as mesmas enfrentam. Mais especificamente, tem a intenção de explorar como novos grupos e organizações tomam iniciativas em um contexto onde o planejamento urbano, uma vez uma prática centralizada, se torna uma questão cada vez mais diversificada, sendo complementada, infiltrada, ou mesmo parcialmente substituída por novos atores e processos.

Antes de ser realizado em São Paulo, como parte da X Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, o projeto compreendeu três workshops em três diferentes cidades do Brasil: Curitiba, Porto Alegre e Salvador. Indo ao encontro do tema da X Bienal Cidades: Modos de Fazer, Modos de Usar, Modos de Agir, os resultados dessas três oficinas estarão em exposição no CCSP – Centro Cultural São Paulo – e uma quarta oficina, a ser realizada na Casa do Povo, irá refletir sobre os resultados das outras cidades e levantar também as questões pertinentes para a capital paulistana.

No decorrer da Bienal, mais palestras e workshops acontecerão na Mesa-Y. Matthias Böttger vai convidar outros participantes para refletir sobre as constatações feitas nas cidades brasileiras acima mencionadas, dando especial ênfase sobre o papel da chamada “nova classe média”. A programação poderá ser conferida aqui: www.facebook.com/casadopovoxxi.

Cemitério do Araçá (Trabalho selecionado da Chamada Aberta: Penetrável Genet): Avenida Dr. Arnaldo, 666 Cerqueira César (Metrô Clínicas)
Funcionamento: segunda a segunda das 13h às 17h (sessão de 15 pessoas cada)

Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes: Av. Inácio Monteiro, 6900 – Cidade Tiradentes. Oficinas e debates gratuitos em dias e horários a serem confirmados.

Galeria Choque Cultural (Metrô Sumaré) (Trabalho selecionado da Chamada Aberta: Conjunto Vazio): Rua Medeiros de Albuquerque, 250
- Vila Madalena
Seg a Sex: 10h às 18h 
Sábado: 13h às 18h
Percurso: dias 10 e 16 de novembro

Teatro Oficina: Rua Major Diogo, 561 – Bela Vista (Estação Liberdade de Metrô). Oficinas e debates gratuitos em dias e horários a serem confirmados.

Sobre o IAB
O IAB é uma entidade sem fins lucrativos, que se dedica a temas essenciais ao arquiteto, à cultura arquitetônica e à sociedade. Herdeiro do Instituto Brasileiro de Arquitectura, fundado no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1921, o IAB é a mais antiga das entidades brasileiras dedicadas aos temas ligados à arquitetura, à cidade brasileira e ao exercício da profissão.

Atualmente, o IAB é formado por 26 departamentos em diferentes unidades da Federação, que possuem, por sua vez, núcleos locais nos municípios de maior relevância. A atuação da entidade, com influência em praticamente todo o território brasileiro, é liderada pela Direção Nacional, núcleo responsável pela articulação e pela coordenação dos departamentos, bem como pelas ações de abrangência nacional e internacional.

O IAB é membro fundador da União Internacional de Arquitetos (UIA), órgão consultivo da UNESCO para assuntos relativos ao habitat e à qualidade do espaço construído, e do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP). Por meio da Direção Nacional, o Instituto se faz representar nos órgãos da administração federal e se vincula a entidades internacionais, com destaque para as duas anteriormente citadas e para a Federação Pan-Americana de Associações de Arquitetos (FPAA).

Sobre a X Bienal de Arquitetura de São Paulo
Com o tema central Cidade: modos de fazer, modos de usar, modos de agir a Bienal enfocará a discussão urbana com ênfase em três pilares: mobilidade e densidade, espaço público e infraestrutura e este ano será realizada de 12 de outubro a 1º de dezembro.

X Bienal de Arquitetura de São Paulo

A X Bienal de Arquitetura de São Paulo é uma realização do Instituto de Arquitetos do Brasil, com co-realização do Centro Cultural São Paulo, SESC São Paulo e Museu da Casa Brasileira.

A X Bienal conta com o patrocínio da Gerdau e apoio da Sabesp, DECA, Odebrecht – Engenharia e Construção , Escola da Cidade, Bandeira de Mello Advogados Associados, Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal da Cultura e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano

O projeto é realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura, Programa de Ação Cultural 2013.

Presidente: José Armênio de Brito Cruz
Curadoria: Guilherme Wisnik, Ana Luiza Nobre e Ligia Nobre
Produção Executiva: arte3

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