Em Construção: Pavilhão Brasileiro da Expo Milão 2015 / Studio Arthur Casas + Atelier Marko Brajovic
© Fillipo Poli
- Arquitetos: Studio Arthur Casas
- Localização: Milão, Itália
- Área: 2384.0 m2
- Ano Do Projeto: 2015
- Fotografias: Fillipo Poli , Eduardo Pagés
- Arquitetura, Design De Interiores E Mobiliário: Equipe Studio Arthur Casas
- Direção Criativa Pavilhão: Arthur Casas
- Direção Do Studio: Marília Pellegrini
- Coordenação De Projeto Pavilhão: Alexandra Kayat e Gabriel Ranieri
- Coordenação De Design De Interiores: Renata Adoni
- Coordenação De Design De Mobiliário: Arnault Weber
- Equipe De Arquitetos: Alessandra Mattar, Eduardo Mikowski, Nara Telles, Raul Kano, Fernanda Müller, Juliana Matalon e Pedro Ribeiro
- Consultores Locais E Responsabilidade Técnica : Mosae – Arquitetura e engenharia
- Equipe Mosae: Stefano Pierfrancesco Pellin Dario Pellizzari, Andrea Savoldelli, Klaus Scalet, Michele Maddalo e Luisa Basiricò
- Exibição E Cenografia: Atelier Marko Brajovic
- Direção Criativa Exibição: Marko Brajovic e Carmela Rocha
- Coordenação De Projeto Exibição: Carmela Rocha
- Design Gráfico: Estudia Design
- Equipe Interno: Martina Brusius, Milica Djordjevic e André Romitelli
- Curadores: Rony Rodrigues e Eduardo Biz
- Assessoria Estrutural: SP Project
- Rede: Officium – cálculo estrutural; Kompan – produção
- Área Do Terreno: 4.133 m²
Maquete © Eduardo Pagés
Para o Studio Arthur Casas e o Atelier Marko Brajovic, o desafio de criar o pavilhão doBrasil para a Expo Milão 2015, comissionado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-BRASIL), foi combinar arquitetura e cenografia que proporcionassem aos visitantes experiência capaz de transmitir os valores brasileiros e as aspirações de nossa agricultura diante do tema proposto: alimentando o mundo com soluções. Mais que um edifício temporário, a imersão sensorial integra momentos lúdicos, informações científicas de ponta, interação e aprendizado.
© Fillipo Poli
A ideia da rede flexível, fluída e descentralizada permeia todos os aspectos do edifício e representa a pluralidade do Brasil. Em meio a construções de mais de 130 países, nosso pavilhão propõe um respiro, a intenção de uma praça que convida ao encontro e à descoberta. Permeável como a cultura brasileira, um grande volume aberto acolhe os visitantes e estabelece um percurso por entre as mais variadas espécies aqui cultivadas. Os tons terrosos da estrutura em ferro ressaltam essa brasilidade e a transição gradual entre o interior e o exterior apaga os limites entre arquitetura e cenografia. A metáfora da rede é materializada por uma estrutura tensionada que cria inusitados locais de descanso e lazer. Como na arquitetura modernista dos pavilhões nacionais ao longo da história, generosas rampas reforçam a fluidez entre os espaços.
Entrada
Quatro temas orientam o conteúdo desenvolvido pelo Atelier Marko Brajovic: Sabedoria Natural, advinda da coexistência milenar com biodiversidade exuberante; Império das Cores, presente na variedade de espécies tropicais e culturas do Brasil; Poder Humano, fruto do manejo sustentável e da agricultura familiar; Fusão Criativa, aliança entre alta tecnologia, produtividade e ocupação responsável do território.
Galeria de Exposição
A galeria na lateral do terreno, revestida em cortiça, abriga espaços expositivos, auditório, pop-up store, café, bar, restaurante e administração, interligados por um grande átrio que traz luz natural. Artistas e designers brasileiros irão expor peças que demonstram a riqueza criativa do país, ao lado de instalações interativas que narram a revolução em curso na agricultura brasileira, graças às pesquisas de empresas como a EMBRAPA.
© Fillipo Poli
A sustentabilidade é onipresente, por meio de um sistema de montagem e desmontagem eficiente com elementos pré-fabricados modulares, mecanismos de reaproveitamento da água, além do emprego de materiais certificados e recicláveis. Parte fundamental da experiência, a racionalidade da arquitetura efêmera demonstra que é possível gerar significado e conteúdo com poucos recursos e reduzido impacto ambiental.
© Fillipo Poli
A proposta busca inserir-se na tradição de exposições universais condizentes com os debates que permeiam o encontro entre as mais diversas culturas. O Brasil de hoje representa a possibilidade de novos paradigmas de desenvolvimento, capazes de conciliar crescimento e preservação, diversidade e originalidade, abertura e transformação. A arquitetura e a cenografia são suportes para essas mensagens e almejam, acima de tudo, integrar-se à construção da ideia coletiva de que é possível alimentar o mundo de forma responsável e interdependente.
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